28 de ago. de 2009

Intercâmbio entre Boas Novas e Graça divina

Foi um momento muito oportuno para o entrosamento entre as duas comunidades. E o mais importante é que houve estudos com o tema "Relações interpessoais" para todas as faixas etárias. os jovens ficaram sob a responsabilidade do Frei José Limeira; Os adultos com o Pr. Samuel Barreto; Já com o grupo de crianças tivemos a participação das professoras da Escola bíblica da Igreja Batista de Caaporã. De maneira que foi um encontro recheado de muita alegria, amor, diálogo e principalmente da presença de Deus, através das atitudes e do semblante de cada pessoa presente.

Eliane Cardoso (Ministra Pastoral)



Participantes do intercâmbio



Participantes do intercâmbio


Apresentação de crianças no final do encontro


Grupo de adolescentes



Grupo de adultos coordenado pelo Pr. Samuel Barreto




Grupo de adolescentes coordenado pelo frei José Limeira



Grupo de crianças coordenado pela irmã Nilda da Primeirta Igreja Batista


Momento de dinâmica dirigido pela irmã Maria José


14 de ago. de 2009

Encontro da Fraternidade Franciscana

Com a presença de 19 participantes de três estados, a Fraternidade Franciscana da Diocese Anglicana do Recife realizou, no último dia 8 de agosto, em João Pessoa, na Paraíba, um encontro fraterno de aprofundamento, estudo e convivência. Com a presença do bispo diocesano, Dom Sebastião Armando Soares, irmãos vindos de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, além da Paraíba, se encontraram num ambiente de acolhedora amizade para estudarem o franciscanismo na Comunhão Anglicana.
Revdo. Israel e sua esposa Min. Pastoral Eliane: anfitriões do encontro



Celebração Eucarística


Celebração Eucarística

O encontro, que foi realizado nas dependências de uma escola municipal próxima ao Ponto Missionário da Graça Divina, em João Pessoa, começou com a Celebração Eucarística, que foi cuidadosamente preparada pelo reverendo Israel Cardoso e sua esposa, a ministra pastoral Eliane. Logo após, foi realizado um estudo sobre o franciscanismo e as ordens religiosas na Comunhão Anglicana, com palestras proferidas por Maruilson Souza e Wellington Pinheiro, a partir do estudo do livro “The Franciscan Revival in the Anglican Communion”
(O Reavivamento Franciscano na Comunhão Anglicana), de Barrie Williams.


Aula sobre o franciscanismo na Inglaterra



O professor Maruilson apresentou o surgimento e a evolução das ordens franciscanas na Igreja Católica Romana e a presença delas na Inglaterra.

Já Wellington deteve-se na consolidação das ordens religiosas, tanto masculinas como femininas, na Comunhão Anglicana e o surgimento de ordens especificamente franciscanas na Inglaterra.


Celebração Eucarística


Celebração Eucarística


Altar e espaço celebrativo

O próximo encontro ficou marcado para o próximo dia 7 de novembro, novamente em João Pessoa para facilitar a presença do grupo de Natal.
Até lá, como continuidade do encontro, os três grupos presentes vão aprofundar as quatro marcas da Fraternidade Franciscana, que são a oração, convivência fraterna, trabalho com os pobres e estudo sobre o franciscanismo.






7 de ago. de 2009

Documentos Anglicanos sobre sexualidade

Carta Pastoral sobre Sexualidade Humana
Pastoral da Câmara dos Bispos da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil

1. Afirmamos que a sexualidade é um dom de Deus e que as relações sexuais, exercidas no contexto do amor e do respeito mútuo, não só devem ser aceitas, mas também consideradas como as coisas boas que Deus criou. Por outro lado, a promiscuidade sexual entre pessoas do mesmo gênero ou gêneros diferentes deve ser combatida, por ser contrária ao ensino das Escrituras. Entretanto, a Igreja deve receber com amor pessoas de qualquer raça, cultura, classe social ou orientação sexual. Afinal, como cristãos, somos portadores da promessa do Espírito Santo que nos conduz à Palavra feita carne, que acolhe os abandonados, os incompreendidos, os marginalizados, que demonstra amor e compaixão à mulher apanhada em adultério, que conversa com a mulher samaritana e afirma a santidade do homem e da mulher em santo matrimônio.

2. A sexualidade é parte integrante do ser humano. Essa realidade abençoada se expressa em atos de conduta, que se convertem em atos de afeição, relação mútua e conhecimento recíproco entre homem e mulher. Isso envolve sempre uma comunidade. Por isso, o povo bíblico estabeleceu um determinado padrão de conduta, porque as relações sexuais não realizam toda sua potencialidade, se não levarem em consideração o amor e a justiça em relação a outras pessoas. Portanto, os atos de violência sexual são iníquos.

3. A Conferência de Lambeth de 1988 no que concerne à família e matrimônio não conseguiu eliminar a confusão, provocando ensino sobre sexualidade humana. Algumas províncias vêm afirmando que o homossexualidade é pecaminosa, enquanto outras adotam uma atitude pastoral contextualizada. A questão sexual, que abrange todos os aspectos da vida social e individual, ainda não está de todo resolvida. Os estudos dos fatores que contribuem para as diferentes compreensões em relação a homossexualidade continuam; e como bispos recomendamos o diálogo, o bom senso e a preocupação pastoral com as pessoas de orientação homossexual na comunidade. Não podemos assumir posições finais sobre a ordenação de homossexuais ou a bênção de uniões de pessoas do mesmo sexo, porque na própria Comunhão o assunto ainda está em processo de amadurecimento. A Bíblia em alguns textos condena explicitamente o relacionamento homossexual, embora em sua maioria, seus textos condenem a promiscuidade, a orgia ou o deboche. Entretanto, devemos entender que a Bíblia não é um ditado de Deus, mas sim a Revelação de Deus carregada pela interpretação de seus autores que trazem nela as influências de sua cultura e época (viviam eles numa sociedade patriarcal e machista).

4. É necessário que a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil inclua em seus programas educacionais e pastorais, estudos e orientações sobre a sexualidade humana, levando em conta o ensino das Escrituras, o conhecimento das ciências humanas, a experiência da tradição anglicana e uma compreensão contextualizada da controvertida questão, para que os seus eclesianos, livres de idéias preconcebidas e na visão de uma sexualidade cristã sadia, possam assumir o dom da sexualidade no contexto da comunidade da fé e respeitar os outros.

Dom Glauco Soares de Lima – Bispo Primaz, Dom Sumio Takatsu, Dom Cláudio Vinícius Gastal, Dom Clóvis Erly Rodrigues, Dom Sydney Alcoba Ruiz, Dom Luiz Osório Pires Prado, Dom Almir dos Santos, Dom Jubal Pereira Neves

CONFERÊNCIA DE LAMBETH 1998
RESOLUÇAO 1.10 – Sexualidade Humana

Esta Conferência:
a) recomenda à igreja o relatório da subseção sobre sexualidade humana;
b) em vista do ensino das Escrituras, defende a fidelidade no casamento entre um homem e uma mulher numa união indissolúvel, e acredita que a abstinência é adequada para aqueles que não são chamados para o casamento
c) reconhece que há, entre nós, pessoas que receberam orientação homossexual. Muitas delas são membros da igreja e buscam atendimento pastoral, orientação moral da Igreja e o poder transformador de Deus para viver suas vidas e ordenar seus relacionamentos. Nós nos comprometemos a ouvir as experiências dos homossexuais, e desejamos assegurar-lhes que são amados por Deus, e que todos os batizados, pessoas fiéis e crentes, discriminados com relação a sua orientação sexual, são membros plenos do Corpo de Cristo;
d) ao mesmo tempo em que rejeita a prática homossexual como incompatível com as Escrituras, solicita a todas as pessoas que auxiliem, de maneira sensível e pastoral, todas as pessoas, independente de sua orientação sexual, escondem o medo irracional aos homossexuais, a violência no casamento e toda banalização e comercialização do sexo;
e) não pode recomendar a legitimidade ou a bênção de uniões do mesmo sexo, nem ordenar aqueles que estão envolvidos em uniões do mesmo gênero;
f) solicita aos Bispos Primazes e ao Conselho Consultivo Anglicano que estabeleçam meios para monitorar o trabalho realizado sobre a sexualidade humana na Comunhão Anglicana e compartilhar informes e recursos entre nós;
g) considera a importância da Declaração de Kuala Lumpur Sobre Sexualidade Humana e as preocupações contidas nas resoluções IV.26, V.1, V.10, V.23 e V.35 sobre a autoridade das Escrituras em matéria de casamento e sexualidade, e solicita aos Bispos Primazes e ao Conselho Consultivo Anglicano que os incluam no seu processo de monitoramento.

Declaração da I Consulta Nacional sobre Sexualidade Humana
Reunidos no Rio de Janeiro para a I Consulta Nacional sobre Sexualidade, num ambiente de fraternidade e compreensão mútuas, respeito, solidariedade e amor cristão, nós, leigos e leigas, duas diáconas, dez presbíteros e quatro bispos, anglicanas e anglicanos de cinco dioceses, debatemos, analisamos, trocamos experiências e compartilhamos testemunhos sobre esta questão do ponto de vista bíblico-teológico, ético-pastoral e biopsicosocial. Para maior compreensão e contextualização do assunto, partimos das resoluções das Conferências de Lambeth (1978/1988/1998) “reconhecendo a contínua necessidade de estudo profundo e desapaixonado da questão da
homossexualidade que leve em consideração tanto o ensino da Escritura quanto o resultado das pesquisas científicas e médicas e os fatores sócio-culturais”, e da Carta Pastoral dos Bispos da IEAB (Sínodo Geral /1997) onde percebem e sugerem a necessidade de incluir em nossos “programas educacionais e pastorais estudos e orientações sobre a sexualidade humana”. Do ponto de vista bíblico-teológico a sexualidade humana é dom de Deus para todas as pessoas. A libertação de todos os povos é o foco teológico do processo do êxodo e do ministério de Jesus. Deus nos ama incondicionalmente como somos, com todas as nossas diferenças e imperfeições. Amor este que é manifestado em Jesus Cristo, impulsiona-nos a amar e cuidar de toda a obra da sua criação. Amar a Deus é amar o próximo (I João 4:20-21), portanto, qualquer tipo de exclusão contém germes de morte. Amor é inclusão e vida em abundância (João 10:10). Convidamos as lideranças leigas e clericais a promover debates que ajudem as comunidades a compreenderem melhor a complexidade e a beleza das relações sexuais humanas. É preciso conhecer e compartilhar as angústias daqueles e daquelas que a sociedade exclui. A inclusividade é a essência do ministério encarnado de Jesus, atraindo para si as prostitutas, os estrangeiros, os pobres, os doentes, os diferentes. É fundamental que a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil exerça sua vocação inclusiva e se permita acolher, com Amor e por inteiro, aquelas pessoas que a sociedade rejeita e aborta. Por esta razão assumimos a ética pastoral da Graça e da bênção de Deus e rejeitamos o
princípio da exclusão, implícito na ética do pecado e da impureza, que causa divisão entre os seres humanos.
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2002, ad.

6 de ago. de 2009

Diversidade sexual


Diversidade sexual

É o termo utilizado para definir a diversidade de manifestações e expressões da sexualidade tais como heterossexualidade , homossexualidade e bissexualidade. Em algumas partes do mundo a sexualidade explícita ainda é considerada como uma ameaça aos moldes político-sociais ou religiosos.


Qual a diferença entre sexo e sexualidade?

Atualmente a palavra “sexo” é usada em dois sentidos diferentes: um refere-se ao gênero do sexo masculino ou feminino; e outro se refere aos órgãos sexuais (genitália).


A sexualidade de um indivíduo define-se como sendo suas, predisposições ou descoberta da sua identidade sexual, transcende aos limites do ato sexual e inclui sentimentos, fantasias, desejos, sensações e interpretações. Pode ser definida pelo ambiente sócio-cultural.


O que é identidade sexual?

É o conjunto de características sexuais que diferenciam cada pessoa através de atitudes e/ou sentimentos de masculinidade ou feminilidade. Nem sempre está de acordo com o gênero ou com a genitália da Pessoa.


O que é orientação sexual?

Orientação sexual é a atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa sente pela outra. A orientação sexual varia desde a heterossexualidade, passando pela bissexualidade até a homossexualidade exclusiva. O termo orientação sexual não contempla as transexuais, transgêneros e travestis.


O que é heterossexualidade?

As pessoas que se sentem atraídas física, estéticas e sexualmente por pessoas do sexo oposto.


O que é homossexualidade?

A homossexualidade é a atração afetiva e sexual por uma pessoa do mesmo sexo. O termo homossexual foi criado em 1969 pelo escritor e jornalista austro-húngaro KAroly Maria Keltbern. Deriva do grego homos, que significa “semelhante”, “igual”.


O que é bissexualidade?

A bissexualidade é a atração afetiva e sexual por uma pessoa do mesmo sexo. Os indivíduos que se relacionam sexual e/ou afetivamente tanto com pessoas do sexo masculino quanto feminino.


O que é identidade de gênero?

Referem-se como as pessoas vêem a si mesmas, seja como homens, mulheres ou um pouco de ambos. Porém outras pessoas podem sentir-se como pertencente ao sexo e/ou gênero oposto, ou ainda como uma mistura de ambos os gêneros.


A homossexualidade segundo o padrão de conduta e/ou identidade sexual.

Homossexuais: São indivíduos que têm orientação afetiva e/ou sexual por pessoas do mesmo sexo. Tanto pode ser masculino (gays) ou feminino (lésbicas).


Gays: São indivíduos que, além de se relacionarem afetiva e sexualmente com pessoas do mesmo sexo, alguns optam para viverem abertamente sua sexualidade, outros preferem não assumir.


Lésbicas: Terminologia utilizada para designar uma mulher que se relaciona afetiva e/ou sexualmente com outras mulheres.


Bissexuais: São indivíduos que se relacionam afetivamente e/ou sexualmente tanto com o sexo masculino como feminino. Algumas pessoas assumem sua sexualidade abertamente, enquanto outros vivem sua conduta sexual d forma fechada (no armário).


Transgêneros: Termo utilizado para definir as travestis. É uma pessoa no sentido biológico, mas se relaciona na sociedade tanto como homem ou mulher. As pessoas transexuais transcendem ou transitam nos dois gêneros.


LGBT: Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, transgêneros e transexuais.


O QUE É HOMOFOBIA?

O termo é usado para descrever sentimentos de medo, ódio e atitudes de repulsa contra homossexuais.

Estudos sobre sexualidade enfatizam que a história da criação permitem compreender o fato de que a “normalidade” depende da estigmatização e subalternização de identidade para se consolidar socialmente, como forma de estabelecer a suposta (e altamente questionável) “naturalidade” da heterossexualidade. Hoje em dia, os estudos querem mostrar que ser heterossexual não é uma escolha, pois nossa sociedade forma a todo(a)s para se relacionarem obrigatoriamente com pessoas do sexo oposto. Assim, esta obrigação aprendida na família, na escola e pela mídia se constitui em um sistema denominado heteronormatividade.