4 de jun. de 2009

Reflexões

Jesus, o Pastor dos Pastores


No Antigo Testamento observamos que Deus levantou vários pastores e algumas pastoras que escutavam, orientavam e orientavam o povo, e denunciavam as injustiças. Alguns exemplos: Neemias, Débora, Rute,Isaias, Jeremias, Ezequiel, Jonas, e outros e outras. Foram pessoas comuns com falhas, queixosas, medrosas, choronas, ousadas, corajosas; umas mais do que outras, porém foram instrumentos de união, de paz, de graça, de coragem usados por Deus. No Novo Testamento temos o exemplo de João Batista, Maria (mãe de Jesus), Pedro, Paulo, e outros (as). Damos destaque para o Pastor dos pastores, Jesus Cristo, o exemplo maior de amor. Amor incondicional de dar a sua Vida pelas suas ovelhas. Hoje, infelizmente, vemos exemplos de pastores (as) que exploram as suas ovelhas de todas as formas: emocionalmente, espiritualmente, afetivamente, e principalmente, financeiramente. Quanto maior for o número de ovelhas, mais o pastor é elogiado e reconhecido. Não importa o que ele faz para prender ou manter as ovelhas naquele aprisco. Pastores(as) que se aproveitam da boa fé das ovelhas. Totalmente o contrário do que Jesus Cristo ensinou e viveu. O bom pastor é aquele que apascenta bem o seu rebanho, que cuida, que guia as ovelhas para um lugar tranquilo. Jesus é o exemplo de Bom Pastor porque tinha uma boa relação de amizade,união e acolhida com seus seguidores e seguidoras. Jesus conhecia suas dores, suas angústias, seus medos, suas dúvidas e suas idéias. Pois o bom pastor é aquele que sabe partilhar o seu ministério com suas ovelhas. É um líder democrático e não autoritário. Jesus conviveu com os seus discípulos por um período de três anos, e ao anunciar que iria deixar esse mundo (João, 16. 19 e 20 ), prometeu enviar o Consolador, o Espírito Santo; mesmo assim, os discípulos ficaram entristecidos, já sentindo a sua falta.
Nós que somos líderes de comunidade religiosa, devemos também ter essa mesma preocupação de ouvir as ovelhas, estarmos presentes nos momentos de dificuldades, de tristezas, e de alegria. Temos que alimentar as ovelhas. E não é com qualquer alimento. Temos que ser preparados(as) para saber qual o alimento que deve ser dado e a hora certa. Devemos nos preparar bem para fazer as reflexões, a liturgia, os cânticos e o nosso próprio exemplo no dia a dia. " Ensinamos a ovelha que o caminho é por aqui, é assim que se deve caminhar, e no entanto, vamos por outro caminho e fazemos totalmente o contrário. Dizemos que a igreja é um lugar de proteção, de cuidado, união e respeito. E o que as ovelhas encontram muitas vezes? Desamor, fofoca, falta de apoio, exclusão.
Que tipo de pastores (as) nós temos sido? Que tipo de pastores (as) queremos ser? Como temos guiado as ovelhas?
É um compromisso que todos (as) como servos e servas de Deus temos que assumir.
Jesus nos acolhe, nos ama, nos ouve e nos aceita como somos, e nos socorre nos momentos de aflição. Façamos o mesmo!


Eliane Cardoso
(Ministra Pastoral do Ponto Missionário Anglicano da Graça divina, João Pessoa – PB.
(Igreja Episcopal Anglicana do Brasil) e Capelã da UMEAB-DAR)

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